As mudanças climáticas se mostram cada vez mais próximas da realidade, e os produtores rurais já se preparam para picos de variabilidade periódicas. Uma das principais saídas têm sido as ferramentas de agricultura digital, que ajudam na coleta de dados e no mapeamento dos microclimas, dando insumos para lidar com fatores que podem ter efeito direto sobre as safras.
A agricultura tem uma alta dependência do clima e, segundo o Diretor de Tecnologia da Syngenta Digital Brasil Carlos Neto, o melhor caminho para driblar as intempéries é o uso de estações climáticas. Neto aposta na conectividade e na coleta de dados nas lavouras. “Isso é essencial para alcançar resultados e otimizar a operação de campo. Uma das formas de engajar o agricultor é aumentando a produtividade. Acredito que seja um jeito prático para alcançar sustentabilidade”, explica.
Luciano Loman, Diretor Executivo da Metos Brasil, aponta para a importância da realização de uma gestão de risco climático baseada em dados. “Não é possível trabalhar com o clima a seu favor se você não tiver uma compreensão de como é o clima especificamente na sua propriedade”, diz.
Para ele, além da adoção de estações meteorológicas para análise do clima atual, o agricultor deve olhar para o histórico climático da região e também para o futuro, com a previsão do clima. Assim, o produtor acumula insights e pode planejar operações de antemão, mitigando riscos.
Clima e pragas
Algumas condições são necessárias para que uma praga se prolifere na lavoura. Fatores como temperatura, umidade e luz, além de interferirem no desenvolvimento da planta, estão diretamente relacionados à incidência de pragas e doenças no campo. Por isso, o produtor deve levar em consideração os elementos climáticos no seu processo decisório, e tecnologias digitais podem ser um importante aliado.
“Hoje, o nosso fator principal limitante de produção é o clima. É ele quem determina o que vamos fazer”, conta Leonardo Hoffmann, agrônomo e Especialista em Transformação Digital da Syngenta Digital. Segundo Hoffmann, aspectos como a pluviosidade determinam, por exemplo, o período de plantio, já que as chuvas são fundamentais para o desenvolvimento das sementes.
O especialista conta que o clima influencia no comportamento de pragas diferentes. “Muitas das pragas rotineiras não atingem seu máximo desenvolvimento, e pragas que não eram relevantes se tornam de extrema importância”, diz. Nesse cenário, os sistemas digitais de suporte à decisão são importantes para garantir uma lavoura saudável e uma produção eficiente e padronizada.
Hoffmann afirma que a solução digital consegue auxiliar na previsibilidade do clima, fornecendo informações importantes para o agricultor, como histórico de chuvas, médias de pluviosidade, tempo de sol e de sombra. Além disso, o monitoramento digital permite manejo assertivo.
Estações meteorológicas
Para antecipar quaisquer problemas no campo, segundo Leonardo Hoffmann, são usadas também as estações meteorológicas. Essas informações, de acordo com o agrônomo, devem ser cruzadas com outras, como histórico de manejo e produtividade, no processo decisório. “É entender o ambiente como um todo e, aí, tomar a melhor decisão”, acrescenta.
Para Luciano Loman, as estações dizem de um clima atual e devem guiar as frentes de operação na fazenda. O Diretor Executivo da Metos Brasil chama atenção para atividades como pulverização e irrigação, que são mais eficientes quando realizadas em uma condição climática favorável.
O agrônomo Leonardo Hoffmann acredita que a análise de todas essas variáveis gera ainda insights para o futuro. O grande objetivo é que o produtor faça escolhas com segurança, mesmo diante das alterações climáticas.
Conteúdo produzido em parceria com a Syngenta.
